Sacudo-te do calor do meu corpo sem arrependimento. A mágoa afasta-se, pequeno ponto distante pelo retrovisor, dissuasora da tentação de regressar. Um dia fomos felizes. Juntos, não sei se o voltaremos a ser. Beijaste-me na noite fugaz, ao coberto da timidez e da ilusão, num sonho não partilhado. Esbarrei na tua imaturidade, qual parede que inconscientemente ergueste. Minto. Como não te podias aperceber das consequências dos teus actos? Como esperavas que eu te pudesse acolher na intimidade do meu abraço, passiva e cega às falsas verdades e doces mentiras com que me espezinhaste? Não sou e não serei o teu porto seguro na solidão alcoolizada dos dias que se arrastam. Perdeste-me quando o teu olhar me quis seduzir mas não me abarcou; perdeste-me na noite em que preferiste o acaso do jogo à honestidade da palavra.
Pasme-se o meu encanto por descobrir neste lugar de dentro outras narrativas tuas.
ResponderEliminarOh obrigado :) sim, tenho este bichinho da escrita que não se estende só ao Cinema...e cá vou publicando umas coisas. Gostei do trocadilho ;)
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