Cerca-te uma respiração pesada. Prende-te na confusão dos teus actos. Corres. Queres libertar-te. Esforço em vão. Quase sufocas na claustrofobia do inspirar e expirar. Apercebes-te, tarde de mais, que permaneces na devassidão. Continuas a procurar o calor anónimo dos corpos enrolados em fugaz prazer. Ao teu lado, uma mulher levanta-se. O teu suor prolonga-se-lhe na curva do ombro nu. Sentes-te vazio de emoções. Estás vazio de ti. Já não és nada mais que o instrumento descontrolado do desejo. A seda amarrotada dos lençóis já não consegue esconder a vergonha.
Trailer de Shame (2011)
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